A pergunta é só uma –
será preciso perder um amigo para tomar uma atitude no trânsito? Essa pergunta
foi jogada para vocês há mais de um ano, quando o Vitão, ou Vitor Gurman foi
atropelado na Rua Natingui, por uma motorista bêbada e faleceu...
Depois disso, surgiu um
lindo movimento, o Viva Vitão, que tem como principal objetivo,
conscientizar as pessoas sobre as tragédias no trânsito paulistano, que se
tornaram cotidianas...
E nas mãos de Pedro
Serrano, melhor amigo do Vitão, todo esse movimento
virou um longa-metragem, Luto em Luta, que está em cartaz em
São Paulo. São 72 minutos, divididos em três partes. "Barbárie"
elenca especialistas, ativistas e vítimas que mostram a relação entre
irresponsabilidade e as mortes. Nas duas outras partes, "O Luto" e
"A Luta", o documentário mostra as pessoas que perderam parentes e
amigos e como se organizaram para cobrar mudanças.
Um dos casos abordados,
obviamente, é o de Vitor Gurman. Outro acontecimento chocante foi a morte
da irmã e da mãe de Rafael Baltresca, em frente ao Shopping Villa-Lobos. Para
costurar as tristes histórias, Serrano, também produtor, roteirista e editor do
documentário entrevisou os jornalistas Gilberto Dimenstein e Heródoto Barbeiro,
além pegar de depoimentos de advogados, familiares e amigos das vítimas. Entre
os melhores momentos está a ação nas ruas do engenheiro de tráfego Horácio
Figueira, que aponta várias irregularidades dos motoristas. Peça eficaz de
educação e conscientização, o filme se propõe a mostrar os problemas com
imagens e palavras duras..
Aqui, um depoimento de
arrepiar, do querido Jairo Gurman, pai do Vitão:
”É uma tristeza, é uma
falta diária. Você perde esposa ou marido e fica viúvo. Você perde pai ou mãe e
fica órfão. Você perde um filho e não tem uma palavra que diga o que você fica,
porque o ser humano não foi projetado para enterrar o filho. É muito doloroso.“
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